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Saúde Digestiva

Encontre aqui no blog Lactosil matérias sobre os benefícios do leite e seus derivados, o universo da gastroenterologia como a restrição alimentar e a má digestão da lactose, receitas e qualidade de vida e bem-estar.

19 de janeiro de 2021 (3 anos atrás)

Qual exame detecta a intolerância à lactose? Como é feito o diagnóstico?

A intolerância à lactose afeta cerca de 70% da população brasileira. Aproximadamente 30% destas pessoas apresentam sintomas em diversos graus como náuseas, diarreia, gases, dor e distensão, que também estão relacionadas com o quadro de disbiose associado à intolerância.

 

intolerância à lactose

 

Muitos não sabem como lidar com os desconfortos que a intolerância pode causar e acabam optando por dietas restritivas, cortando o leite e seus derivados da alimentação, o que pode gerar deficiências nutricionais.

 

Essa deficiência pode ocorrer por vários fatores e o diagnóstico pode ser feito rapidamente. Abaixo vamos conhecer mais sobre a intolerância à lactose e qual exame pode ser feito para o diagnóstico.

 

O que é intolerância à lactose?

 

A intolerância à lactose é uma deficiência do nosso corpo em produzir a lactase, enzima responsável em quebrar a lactose, presente nos alimentos lácteos e facilitar sua digestão.

 

Existem 3 tipos: a primária, que surge no decorrer dos anos e faz parte do processo natural do envelhecimento; também há a secundária, que ocorre devido a alguma outra doença, e a congênita, que é quando a pessoa já nasce com a condição.

 

Quando ingerimos alimentos que contenham leite ou derivados do leite, é preciso que nosso organismo transforme a lactose em glicose e galactose. Quem desempenha essa função é a lactase, que deve ser produzida pelo nosso intestino delgado. Quando há uma deficiência nessa produção, não há a quebra do carboidrato, gerando diversos desconfortos.

 

Como identificar a intolerância à lactose?

 

Primeiramente é preciso entender o próprio corpo e ver o que foge da normalidade da sua rotina. Os principais desconfortos causados pela intolerância à lactose são:

 

  • Diarreia;

 

  • Náuseas e vômitos;

 

  • Dor na região abdominal,

 

  • Inchaço no corpo inteiro.

 

Mas é importante salientar que não são sintomas avassaladores, em geral, são mais leves e podem aumentar de acordo com a quantidade de alimentos lácteos ingeridos.

 

Caso entenda que há uma mudança no dia a dia é preciso procurar uma ajuda médica, ele verificará a necessidade de exames laboratoriais, os principais são:

 

  • Exame de tolerância à lactose: o paciente ingere uma substância rica em lactose, onde é observado o trabalho do organismo. É feito então um exame de sangue para verificar a quantidade de glicose no sangue;

 

  • Exame de hidrogênio expirado: da mesma forma que o anterior, o paciente recebe uma substância com bastante lactose, mas ao invés de fazer um exame de sangue o médico avalia a quantidade de hidrogênio na respiração;

 

  • Medidor de ácidos: se o nosso corpo não digere a lactose ele acaba produzindo ácidos lácticos, o que ocasiona os principais sintomas que listamos acima, assim é possível identificar caso tenha uma alta no índice ácido do organismo medido nas fezes;

 

  • Biópsia do intestino: por ser mais invasivo, é o menos utilizado, isso porque é preciso retirar uma pequena amostra do intestino para ver via microscópio a presença ou ausência de células específicas contendo a enzima lactase em sua superfície.

 

Como prevenir a intolerância à lactose?

 

Não é possível prevenir a intolerância à lactose, mas você pode identificar cedo e tratar de forma completa e mais eficaz desde então, especialmente no caso da intolerância congênita, onde a deficiência é desenvolvida no útero e diagnosticada apenas após o nascimento. A condição por idade também é natural, por isso o acompanhamento médico é importante desde o nascimento e ao longo da vida.

 

Há cura para a intolerância à lactose?

 

Não há necessariamente uma cura para a intolerância. Em casos onde a intolerância foi desenvolvia por conta de outras doenças (como a doença celíaca), a melhora está diretamente ligada ao tratamento dessa outras doenças pré-existentes que, ao serem curadas e/ou tratadas, refletem nos quadros de intolerância à lactose.

Já nos casos da intolerância congênita, a pessoa precisa aprender a conviver com a deficiência por toda vida.

 

Em geral, o intolerante consegue ingerir até 12 gramas de leite por dia sem ter os sintomas da condição, mas por isso é preciso o acompanhamento médico para encontrar a melhor abordagem para o tratamento e vivência com essa doença.

 

Como manter uma alimentação balanceada em caso de dietas restritivas?

 

No mercado há diversas opções que substituem esses alimentos lácteos, alguns exemplos são leite de oleaginosas como soja, amendoim ou aveia. Também é importante seguir uma dieta com muitas frutas, verduras e legumes ricos em vitaminas e minerais. Um exemplo são verduras de folhas verdes como couve, espinafre, brócolis e agrião. Assim como proteínas, por exemplo, sardinha e atum.

 

Com a restrição do leite e seus derivados, a ingestão de cálcio é afetada, por isso, além das suplementações, é indicado ao o paciente o consumo de ovos. É necessário sempre ter uma alimentação balanceada e com acompanhamento profissional.

 

Outra opção é encontrar alimentos lácteos que tem menos lactose que o leite de vaca, como por exemplo: iogurte, leite de cabra ou leites tratados exclusivamente para esses pacientes. Independente de qualquer abordagem, esteja atento às reações do seu corpo com os alimentos do seu dia a dia.

 

Apesar do receio após o diagnóstico, uma pessoa com intolerância à lactose pode viver normalmente e ter uma vida saudável. Basta ter sempre em mente que o corpo fala com a gente e é preciso ouvi-lo para trata-lo da melhor forma, afinal é nele que vivemos e devemos o melhor para nós mesmos. Conheça mais sobre isso no nosso blog.

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