Encontre aqui no blog Lactosil matérias sobre os benefícios do leite e seus derivados, o universo da gastroenterologia como a restrição alimentar e a má digestão da lactose, receitas e qualidade de vida e bem-estar.
A intolerância à lactose afeta cerca de 70% da população brasileira. Aproximadamente 30% destas pessoas apresentam sintomas em diversos graus como náuseas, diarreia, gases, dor e distensão, que também estão relacionadas com o quadro de disbiose associado à intolerância.
Muitos não sabem como lidar com os desconfortos que a intolerância pode causar e acabam optando por dietas restritivas, cortando o leite e seus derivados da alimentação, o que pode gerar deficiências nutricionais.
Essa deficiência pode ocorrer por vários fatores e o diagnóstico pode ser feito rapidamente. Abaixo vamos conhecer mais sobre a intolerância à lactose e qual exame pode ser feito para o diagnóstico.
A intolerância à lactose é uma deficiência do nosso corpo em produzir a lactase, enzima responsável em quebrar a lactose, presente nos alimentos lácteos e facilitar sua digestão.
Existem 3 tipos: a primária, que surge no decorrer dos anos e faz parte do processo natural do envelhecimento; também há a secundária, que ocorre devido a alguma outra doença, e a congênita, que é quando a pessoa já nasce com a condição.
Quando ingerimos alimentos que contenham leite ou derivados do leite, é preciso que nosso organismo transforme a lactose em glicose e galactose. Quem desempenha essa função é a lactase, que deve ser produzida pelo nosso intestino delgado. Quando há uma deficiência nessa produção, não há a quebra do carboidrato, gerando diversos desconfortos.
Primeiramente é preciso entender o próprio corpo e ver o que foge da normalidade da sua rotina. Os principais desconfortos causados pela intolerância à lactose são:
Mas é importante salientar que não são sintomas avassaladores, em geral, são mais leves e podem aumentar de acordo com a quantidade de alimentos lácteos ingeridos.
Caso entenda que há uma mudança no dia a dia é preciso procurar uma ajuda médica, ele verificará a necessidade de exames laboratoriais, os principais são:
Não é possível prevenir a intolerância à lactose, mas você pode identificar cedo e tratar de forma completa e mais eficaz desde então, especialmente no caso da intolerância congênita, onde a deficiência é desenvolvida no útero e diagnosticada apenas após o nascimento. A condição por idade também é natural, por isso o acompanhamento médico é importante desde o nascimento e ao longo da vida.
Não há necessariamente uma cura para a intolerância. Em casos onde a intolerância foi desenvolvia por conta de outras doenças (como a doença celíaca), a melhora está diretamente ligada ao tratamento dessa outras doenças pré-existentes que, ao serem curadas e/ou tratadas, refletem nos quadros de intolerância à lactose.
Já nos casos da intolerância congênita, a pessoa precisa aprender a conviver com a deficiência por toda vida.
Em geral, o intolerante consegue ingerir até 12 gramas de leite por dia sem ter os sintomas da condição, mas por isso é preciso o acompanhamento médico para encontrar a melhor abordagem para o tratamento e vivência com essa doença.
No mercado há diversas opções que substituem esses alimentos lácteos, alguns exemplos são leite de oleaginosas como soja, amendoim ou aveia. Também é importante seguir uma dieta com muitas frutas, verduras e legumes ricos em vitaminas e minerais. Um exemplo são verduras de folhas verdes como couve, espinafre, brócolis e agrião. Assim como proteínas, por exemplo, sardinha e atum.
Com a restrição do leite e seus derivados, a ingestão de cálcio é afetada, por isso, além das suplementações, é indicado ao o paciente o consumo de ovos. É necessário sempre ter uma alimentação balanceada e com acompanhamento profissional.
Outra opção é encontrar alimentos lácteos que tem menos lactose que o leite de vaca, como por exemplo: iogurte, leite de cabra ou leites tratados exclusivamente para esses pacientes. Independente de qualquer abordagem, esteja atento às reações do seu corpo com os alimentos do seu dia a dia.
Apesar do receio após o diagnóstico, uma pessoa com intolerância à lactose pode viver normalmente e ter uma vida saudável. Basta ter sempre em mente que o corpo fala com a gente e é preciso ouvi-lo para trata-lo da melhor forma, afinal é nele que vivemos e devemos o melhor para nós mesmos. Conheça mais sobre isso no nosso blog.